Qual o ar-condicionado mais econômico do Inmetro?

Um ar- condicionado tem algo quase mágico: quando ele está funcionando, transforma aquele calor insuportável em conforto instantâneo. Mas há outro lado …

Qual o ar-condicionado mais econômico do Inmetro?

Publicado por | 10 de dezembro de 2025

Um ar-condicionado tem algo quase mágico: quando ele está funcionando, transforma aquele calor insuportável em conforto instantâneo. Mas há outro lado bem menos agradável dessa história – o aumento quase “mágico” na sua conta de luz. É por isso que cada vez mais consumidores perguntam: “Qual é o ar-condicionado mais econômico?”. E, embora a resposta pareça simples à primeira vista, ela envolve muitos fatores além de números no papel.

Quando falamos em economia de energia, estamos entrando em um território que afeta diretamente dois pilares da nossa vida: o financeiro e o ambiental. De um lado, temos as contas mensais que pesam no bolso; do outro, há a crescente necessidade de preservar recursos naturais e reduzir as emissões de carbono. Aparelhos mais antigos ou com baixo desempenho podem acabar consumindo muita energia para realizar tarefas simples, como manter o ambiente fresco.

Mas como saber qual aparelho é realmente econômico? O ponto de partida dessa conversa é entender como o Inmetro mede essa eficiência e avalia quais equipamentos consomem menos energia. Vamos abordar os conceitos básicos de economia energética de forma acessível, sem complicar mais do que o necessário e sem deixar de lado o que realmente merece atenção.

O que significa um ar-condicionado ser econômico segundo o Inmetro?

O Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – talvez não receba muita atenção no dia a dia das pessoas. Mas ele desempenha um papel crítico quando queremos escolher eletrodomésticos eficientes. Basicamente, é o responsável por testar e classificar aparelhos como geladeiras, lavadoras e, sim, ar-condicionados.

Mas afinal, como eles definem se um ar-condicionado é econômico? Tudo começa com o consumo de energia medido em quilowatts-hora (kWh) – essa é a mesma unidade que aparece na sua conta de luz todo mês. Quanto menor for esse valor para realizar uma determinada tarefa (no caso do ar-condicionado, resfriar ou aquecer um ambiente), mais eficiente será o aparelho.

Porém, não basta medir apenas “quanto” ele consome. É necessário comparar esse consumo ao desempenho do aparelho: quantos BTUs ele entrega por unidade de energia utilizada? Essa relação é resumida no chamado Índice de Eficiência Energética (IEE). E aqui está uma regra simples mas poderosa: quanto maior for o IEE de um equipamento, mais econômico ele será.

Um detalhe que merece atenção: ser eficiente não significa, necessariamente, consumir menos. Um aparelho pode ser eficiente, mas, se usado de forma inadequada, pode acabar consumindo muita energia, como ao tentar resfriar uma casa grande com um modelo pequeno que não foi feito para isso.

O selo Procel: um guia visual para eficiência

Certamente você já viu aquela etiqueta colorida presa nos eletrodomésticos nas lojas – ela está sempre ali, discreta mas impossível de ignorar. Esse é o famoso Selo Procel de Eficiência Energética, desenvolvido para simplificar nossa vida. Ele classifica os aparelhos em categorias que vão do A (mais eficiente) ao G (menos eficiente), facilitando a comparação entre produtos.

Mas aqui vai um alerta: nem tudo é tão simples quanto parece quando olhamos para essas letrinhas e cores. A classificação do Procel avalia a eficiência relativa dos aparelhos dentro da mesma categoria. Isso significa que um modelo split tipo A pode consumir menos energia para entregar a mesma potência que outro split tipo C; contudo, ele ainda pode gastar mais do que você espera se seu espaço precisar de algo maior ou menor.

Para contextualizar melhor: imagine dois aparelhos split com 12 mil BTUs – ambos são classificados como A no Selo Procel. Dependendo da tecnologia empregada, como será discutido no próximo tópico, um deles pode acabar impactando a conta de luz de maneira perceptível ao longo do ano. É importante ir além do básico, observando detalhes como o modelo do compressor — sistemas como o inverter fazem toda a diferença — e calculando os BTUs certos para o ambiente.

A diferença entre inverter e tradicional

Uma palavra tem ganhado destaque nos últimos anos quando falamos sobre ar-condicionado: inverter. E não é à toa. Essa tecnologia mudou completamente o jogo no quesito consumo energético.

Para simplificar, vamos imaginar o funcionamento dos dois tipos principais de ar-condicionado (tradicional e inverter) como duas pessoas correndo numa esteira. O modelo tradicional é aquela pessoa que corre, para, corre de novo e para mais uma vez, repetidamente. Em termos técnicos, isso significa que o compressor (parte responsável por resfriar o ar) funciona no modo “tudo ou nada”: sempre liga com força total até atingir a temperatura desejada e depois desliga completamente. Isso consome muita energia, porque ligar e desligar máquinas grandes exige bastante esforço — tanto pra você quanto pra sua conta de luz.

Agora imagine o sistema inverter como alguém que começa correndo rápido para alcançar seu ritmo ideal e depois mantém um passo constante, sem interrupções bruscas. Em vez de desligar, ele trabalha ajustando suavemente a potência conforme necessário. E é exatamente essa estabilidade que faz do inverter um campeão em economia energética. Ele evita picos de consumo e opera de forma contínua e eficiente.

A economia no fim do mês pode variar bastante dependendo do uso, mas usuários relatam reduções médias entre 30% e 60% na conta de luz ao trocar um modelo tradicional por um inverter. Claro, a compra inicial costuma ser mais cara — principalmente para aparelhos split mais modernos —, mas o custo se recupera gradativamente em contas menores.

Quantos BTUs são necessários?

Se você já passou pela experiência de encarar uma infinidade de modelos à disposição, é bem provável que tenha reparado em números como 9.000 BTUs ou 18.000 BTUs aparecendo com destaque nas especificações. Esses números representam o “fôlego” do aparelho para resfriar (ou aquecer) ambientes: quanto maior o valor, maior a sua capacidade térmica.

E aí entra a pegadinha que muita gente ignora: escolher um ar-condicionado com capacidade errada pode acabar custando caro. Um modelo subdimensionado (ou seja, com poucos BTUs para a área necessária) vai precisar trabalhar no limite constantemente para alcançar a temperatura desejada. Resultado? Maior desgaste da máquina e consumo desnecessário de energia — sem falar no desempenho abaixo da expectativa. Comprar algo muito além do necessário pode acabar sendo um desperdício, já que você estará investindo recursos em algo maior do que realmente precisa.

Uma regra prática ajuda: multiplique 600 por cada metro quadrado do cômodo onde será instalado o ar-condicionado. Por exemplo, um quarto de 12 m² geralmente exige cerca de 7.200 BTUs — nesse caso, optar por um aparelho próximo dos 9.000 BTUs seria uma decisão equilibrada.

Se o ambiente tiver muitas pessoas circulando ou exposição direta ao sol durante boa parte do dia, aumentar ligeiramente esta estimativa é recomendável. Mais potência nem sempre quer dizer maior economia.

Split, janela ou portátil?

Decidir pelo modelo adequado de ar-condicionado pesa tanto quanto levar em conta sua capacidade e eficiência energética. Cada categoria tem suas características específicas e níveis de desempenho que impactam diretamente tanto seu bolso quanto sua rotina.

Modelos split

São os queridinhos modernos por vários motivos: oferecem maior eficiência energética (em especial nos modelos inverter), são silenciosos e têm design discreto. A instalação pode ser cara inicialmente porque precisa quebrar parede dependendo do caso — mas em termos de custo-benefício a longo prazo, saem à frente na maioria das residências.

Modelos janela

O clássico modelo embutido na parede ainda ocupa espaço em muitos lares brasileiros — geralmente porque sua instalação costuma ser simples (desde que o espaço já esteja preparado) e oferece um custo inicial menor comparado ao split. Esses aparelhos fazem mais barulho e costumam gastar mais energia nos dias de hoje.

Modelos portáteis

Aqui está uma opção tentadora para quem busca flexibilidade: o aparelho portátil pode mudar de ambiente conforme sua necessidade… mas há um preço! Comparados aos outros tipos, eles consomem mais energia devido à menor eficiência dos sistemas internos — sem mencionar as limitações na capacidade térmica (BTUs). Só escolha essa alternativa se as outras forem inviáveis.

Quanto custa economizar?

Por fim, vem aquela dúvida comum: investir em eficiência energética compensa financeiramente? A resposta é quase sempre sim — mas nem todo mundo calcula isso direito.

Um modelo com Selo Procel A ou tecnologia inverter provavelmente custará mais caro na hora da compra… Ainda assim, essa diferença acaba sumindo com o tempo, graças à economia nas contas mensais gerada pelo uso constante. Pensar no futuro faz toda a diferença: gastar R$ 500 ou R$ 1.000 a mais agora em um modelo mais eficiente pode significar uma economia muito maior ao longo dos próximos anos.

E convenhamos: também é uma forma indireta de investir no planeta! Afinal (quem diria?), escolher bem seu ar-condicionado pode significar menos energia desperdiçada globalmente.

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